O uso da creatina como suplemento

Essa semana vamos continuar falando sobre suplementos e o escolhido desta vez foi a creatina.

O uso da creatina como suplemento dietético tornou-se cada vez mais popular nas últimas décadas. Utilizada com recurso ergogênico, a creatina é eficaz ao aumentar as reservas de fosfocreatina dos músculos, promovendo a ressíntese de ATP, favorecendo a performance em exercícios de alta intensidade e curta duração.

Relacionada à hipertrofia muscular, a suplementação com creatina atua em numerosas vias anabólicas de sinalização celular, estimulando a diferenciação de células satélites em fibras musculares e aumentando os níveis de IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina) e o volume hídrico intramuscular.

Contudo, os benefícios da creatina vão muito além do exercício. Por estimular a translocação do GLUT-4 (transportador de glicose 4) à membrana celular, auxilia na melhora da sensibilidade à insulina, contribuindo na modulação dos níveis glicêmicos em diabéticos e pessoas com resistência à insulina. Ademais, estudos demonstram benefícios cognitivos com a suplementação de creatina devido ao seu potencial de elevação dos níveis de fosfocreatina no cérebro, melhora da função mitocondrial e produção eficiente de energia, contribuindo inclusive em doenças neurodegenerativas como o Parkinson.

Veganos e vegetarianos se beneficiam superiormente com a suplementação, visto que as principais fontes de creatina estão presentes em fontes de origem animal.

Público-alvo, idosos também podem se beneficiar visando à redução da sarcopenia na terceira idade. Além disso, é muito fácil suplementar. Suas vantagens incluem ser mais barato que outros suplementos esportivos e apresentar segurança e efetividade atestada em artigos científicos.

*ATENÇÃO: Devido ao aumento do volume de água no interior do músculo, o uso de creatina pode prejudicar a perda de peso se levarmos em consideração apenas o peso na balança!

Equipe de Nutrição Hospital IMO

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