TÉCNICA DE FOBI & CAPELA OU BYPASS GASTRICO
A cirurgia bariátrica já consagrada como tratamento de eleição para a obesidade mórbida, tem como técnica ouro a cirurgia de Capela, que consiste em uma gastroplastia com construção de um neo-estômago pequeno, de cerca de 60ml, e um desvio intestinal que varia de 120 a 180 cm.
A cirurgia pode ser realizada por via aberta ou por videolaparoscopia, com ganhos estéticos e de conforto no pós operatório da via videolaparoscópica, sendo a via aberta de escolha em super-obesos (IMC>50) e pacientes com predominância de gordura central.
Hoje ainda mantemos o IMC como parâmetro de indicação para a cirurgia bariátrica, mas essa visão a cada dia vem mostrando suas imperfeições sendo levado em conta outros fatores como a síndrome metabólica. Classicamente a indicação da cirurgia é para pacientes com IMC maior que 35 e co-morbidade associada ou acima de 40 de IMC com ou sem co-morbidade associada.
Espera-se uma perda que varia entre 40 a 60% do peso total inicial, sendo que essa perda ocorre num período de 18 meses.
O paciente passa no período pré-operatório por uma equipe multidisciplinar que o acompanhará também no pós operatório sendo eles; Endocrinologista, Cardiologista, Nutricionista e Psicólogo.
É um procedimento coberto pelos planos de saúde.
* IMC (índice de massa corporal) = peso / altura elevada ao quadrado.
GASTROPLASTIA VERTICAL (" SLEEVE ")
A gastrectomia Vertical consiste em ressecar uma grande parte do estômago pela grande curvatura do mesmo, transformando-o em um “tubo”. A perda de peso é de +/- 30 a 40% do peso inicial. Esta técnica não faz nenhum tipo de “desvio” dos intestinos, porém retira o fundo do estômago onde se produz uma substância chamada grelina e que está envolvida na presença do apetite. Outra “vantagem” é que se o paciente necessitar de uma perda de peso maior, ela pode ser “transformada”, em uma cirurgia de Gastroplastia Vertical com Y de Roux (By Pass, Capella, Wittgrove) ou em um Duodenal Switch. É um procedimento coberto pelos planos de saúde.
COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA
A colecistectomia é a intervenção cirúrgica na qual se retira a vesícula. Na maioria das vezes, a colecistectomia torna-se necessária pela formação de cálculos no interior da vesícula. Esses cálculos podem obstruir os canais de drenagem da bile provocando crises dolorosas muito intensas. Além dessas dores o paciente pode apresentar também: indigestão, infecções na vesícula (colecistites), náuseas e vômitos, dor depois de comer, especialmente alimentos gordurosos.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
A cirurgia para o refluxo gastroesofágico é indicada quando o tratamento com medicamentos e cuidados alimentares não traz resultados, fazendo que com que apareçam complicações como úlceras e o desenvolvimento de uma doença chamada esôfago de Barrett. A cirurgia para refluxo é feita com anestesia geral através de uma laparoscopia, procedimento em que apenas pequenos cortes são feitos na região entre o estômago e o esôfago para que o médico faça a correção do refluxo através de uma câmera colocada no abdômen do paciente. Durante o procedimento, a hérnia de hiato é corrigida e um novo esfíncter esofágico é construído com a colocação de parte do estômago ao redor do esôfago, evitando assim o refluxo. Normalmente o paciente recebe alta no dia seguinte ao procedimento.
VIDEOLAPAROSCOPIA
Videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva que tem como objetivo diagnosticar e tratar doenças que acometem a região abdominal. A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, onde pequenos cortes são feitos na região abdominal e uma câmera é introduzida através desses furos. A micro câmera incorporada no equipamento permite que o especialista tenha uma visão ampla e profunda da cavidade, avaliando em grande aumento e com alta definição os órgãos e tecidos internos. Dessa forma, é possível realizar cirurgias mais minuciosas e detalhadas, sendo essas as vantagens estabelecidas pelos especialistas. Já para as pacientes,os maiores benefícios são:
• Recuperação pós-operatória mais rápida;
• Menor trauma na parede abdominal;
• Menor risco de infecção;
• Cicatrização menos evidente;
• Menor custo com medicações;
• Maior garantia e segurança na eficácia do diagnóstico e tratamento.
Atualmente existem diversos procedimentos que podem ser efetuados por meio desse sistema, sendo essa, na grande maioria, a técnica cirúrgica mais segura.
Dr. Leonardo Salles
É titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia do Aparelho Digestivo e vem se dedicando ao estudo do controle da obesidade há mais de 18 anos, sendo referência no uso do balão intragástrico.
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