A maior preocupação das pessoas geralmente é qual seria o melhor TIPO de bebida alcoólica (cerveja, vinho, gin, vodka, etc..) a ser consumida, quando na verdade o que mais influência negativamente na dieta é a FREQUÊNCIA e QUANTIDADE de consumo independente da bebida.
Os efeitos do álcool na dieta vão muito além das calorias. Se só as calorias fossem o problema seria fácil controlar com déficit calórico.
A metabolização do álcool gera um estado de inflamação no nosso corpo e prejudica várias outras vias, como, por exemplo, a do cortisol, serotonina, hormônios sexuais, síntese proteica, gliconeogênese.
Dentre os impactos negativos do álcool estão:
1) Ficamos mais PERMISSIVOS para os prazeres momentâneos sob efeito do álcool. Famoso “a vida é uma só” e acabamos bebendo mais e comendo mais.
2) Junto com a queda de serotonina (hormônio do bem estar) e aumento do cortisol (hormônio do estresse) vem a FOME. Fica mais difícil fazer dieta e comer só o programado.
3) Queda da taxa de síntese proteica (inibição da via mTOR). Se seu objetivo é hipertrofia melhor pensar duas vezes antes do segundo copo.
4) Atrapalha a gliconeogênese que é a quebra de gordura para produção de glicose -> energia. Você treina mal por causa da ressaca e ainda queima menos gordura.
Invista em estratégias para eliminar o álcool o mais rápido possível e amenizar seus efeitos negativos no metabolismo. Tenha uma alimentação rica em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, principalmente. Como, chá de boldo, carqueja, pectina presente na casca da maça, alimentos fonte de vitamina B6 (tâmara), alimentos fonte de glutationa (canela, açafrão, cardamomo).
A dose máxima de álcool depende do estado hepático, eficiência no metabolismo e perfil anti-inflamatório da pessoa, por isso é individual.
Por fim, não existe uma melhor ou pior que a outra. Existe os excessos e o equilíbrio dentro da individualidade e objetivo de cada pessoa.
Equipe de Nutrição Hospital IMO