A influência das emoções na alimentação

Por vezes nos deparamos nos filmes com cenas de pessoas tristes, desiludidas sentadas a frente da TV com um pote de sorvete nas mãos. São cenas que também acontecem cotidianamente em nossos dias. A ligação das emoções com a forma como nos alimentamos é comprovada cientificamente. O que comemos afeta a forma como nos sentimos, assim como o que sentimos afeta nossa maneira de comer. 

O que pensamos gera emoções, mas o que comemos também gera emoções”.
– Montse Bradford –

A maneira como lidamos com nossas emoções influencia diretamente a forma como nos alimentamos. Desde a infância nos conectamos com o amor materno através da amamentação, ou seja, através da comida e seguimos nossas vidas continuamente realizando tais conexões: comemorações marcantes: casamentos, aniversários, formaturas, nascimentos, memórias afetivas dos parentes e até funerais são todos rodeados de comida. Os sabores estão diretamente relacionados com as emoções. São sabores que acionam automaticamente a memória afetiva e revelam a complexidade dos sentidos envolvidos no ato da alimentação.

As pessoas desenvolvem diferentes comportamentos como resposta às suas emoções dependendo de diversos fatores, como o ambiente onde vivem, a sua formação e a sua capacidade de identificar e gerenciar os seus sentimentos. Como resultado, conseguem controlar o seu peso ou não. Por exemplo, observou-se que as emoções e os comportamentos afetam as decisões nutricionais, como a quantidade, tipo de alimento e o número de refeições. 

Uma pessoa com depressão por exemplo: pode pular refeições ou eliminar o café da manhã na sua rotina diária. Como vemos, o vínculo entre emoção e alimentação é um fato concreto.

Sendo assim, uma das maneiras mais importantes é de buscar clareza em tudo que realizamos. Começar a prestar atenção na forma como me alimento, nos eventos que acontecem a minha volta é o primeiro passo para que eu comece a ter uma relação mais assertiva com a alimentação. Normalmente vivemos tão atribulados que não prestamos atenção nas atividades corriqueiras do dia a dia, como por exemplo: se alimentar. Normalmente nos alimentamos conectados aos celulares, a TV, ou utilizamos a alimentação para realizar reuniões e não prestamos a devida atenção no que estamos realmente ingerindo.

Essa simples atitude de clareza nos faz reorganizar a nossa forma de alimentar e nos faz também perceber em que momentos sentimos mais fome emocional do que fome real. Essa atitude nos ajudará a ter uma relação mais assertiva e positiva com a comida e irá nos ajudar nos processos de emagrecimento. Analisar seu comportamento e suas emoções é o ponto inicial para chegar ao resultado que se espera em um processo de emagrecimento.

Equipe de Psicologia Hospital IMO

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